Cidades

Veículo fura bloqueio e atropela manifestantes em Niterói

Manifestantes acabaram lançados na pista com a saída do veículo. Foto: Aduff / Rede Social

Durante uma manifestação na Avenida Marquês do Paraná, em Niterói, na manhã desta sexta-feira (14) um motorista furou o bloqueio o avançou com seu carro sobre manifestantes, a maioria estudantes e professores, que participavam de um ato em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro (Huap). Quatro pessoas foram feridas: duas professoras e dois estudantes: os alunos sofreram escoriações e as professoras foram levadas para um hospital particular, ainda não há informações sobre o estado de saúde.

Dirigentes da Aduff-SSind e do Andes-SN disseram que é inaceitável ações violentas como o atropelamento. O motorista dirigia um Fox vermelho e fugiu após furar o bloqueio e atingir os manifestantes. Na confusão, depois do atropelamento, o veículo teve parte de seus vidros quebrados.

Após o socorro, o ato que reúne dezenas de pessoas prosseguiu. "Motorista/Vai devagar/Eu tô na rua pra você se aposentar", cantavam. A manifestação começou nas primeiras horas da manhã no Huap e, de lá, seguirá em passeata pelas ruas de Niterói.

A docente da UFF Eblin Farage, secretária-geral do Andes-SN, o sindicato nacional dos docentes, destacou a importância da greve geral. "Essa greve geral é o segundo grande momento das mobilizações contra a reforma da Previdência, depois das mobilizações de maio. É necessário que as pessoas entendam [que esses atos] são em defesa da aposentadoria de todo mundo, inclusive de quem já se aposentou, porque se essa reforma passar ela vai tirar direitos também dos que já se aposentaram", disse.

Também criticou a ação do motorista e disse que ela reflete a incitação á violência do atual governo. "Ações como a que ocorreu aqui em Niterói, de um motorista avançar em cima de manifestantes, é inadmissível e mostra uma desumanização que está sendo provocada, impulsionada e incentivada pelo governo federal, pelo PSL e pelos asseclas desse governo", finalizou.

A greve geral começou com manifestações nas principais vias de acesso ao Centro do Rio e de Niterói. Há protestos e paralisações em todas as regiões do país.

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